Conhecido por parcerias com Alok e Criolo, Owerá está na 41ª Oficina de Música de Curitiba com exibição de documentário e novo formato de show


Escritor indígena, Olívio Jekupé, vai participar do evento lançando o novo livro “A Explosão de Ojepota”

Foto de capa: Owerá por Vivi Bacco

A 41ª Oficina de Música de Curitiba vai acontecer entre os dias 25 de Janeiro e 04 de Fevereiro. Evento tradicional da cidade, vai reunir nomes de destaque da música, como Criolo, Fernanda Takai, Zélia Duncan e Owerá, artista guarani-mbyá, que se apresenta a partir das 19h, no Teatro Paiol. Ingressos à venda aqui.

Com apenas 22 anos, Owerá já tem um EP, dois discos, além de parcerias com Criolo, Alok, Djuena Tikuna, Brô MC’s, Tropkillaz, Kaê Guajajara, OzGuarani, entre outros. Conhecido desde a Copa do Mundo de 2014, quando hasteou a faixa “Demarcação Já” em pleno evento de abertura, Owerá vai apresentar músicas do seu mais recente álbum Mbaraeté, lançado pela Natura Musical, além de canções autorais divulgadas durante sua carreira e que dão luz ao movimento Rap Nativo. No palco, o artista é acompanhado pelo baixista e produtor musical, Rod Krieger, com quem Owerá co-produziu o disco. Krieger está de volta ao Brasil depois de ter lançado o primeiro álbum em Portugal, durante os cinco anos que esteve no país. Além do projeto com Owerá, ele mantém a banda de surf music instrumental, Quebra Coco, e o seu trabalho solo, que lança novo álbum neste ano.

 


Owerá no documentário Mbaraeté por Igor de Paula

Também fará parte do espetáculo uma participação do escritor Olívio Jekupé, que estará lançando o seu mais novo livro, A Explosão de Ojepota. Owerá vai apresentar também o documentário do disco Mbaraeté, co-dirigido com Igor de Paula e lançado em parceria com a Natura Musical, além de fechar a apresentação com canções tradicionais Guarani.

SERVIÇO:

19h – Teatro Paiol

OWERÁ

Ingressos: R$ 35 e R$ 17,50 – compre aqui

 

SOBRE OWERÁ

OWERÁ vive na Aldeia Krukutu, no sul da cidade de São Paulo, tem 22 anos e ficou conhecido como o indígena que abriu a faixa “Demarcação Já” na abertura da Copa do Mundo de 2014. Após este feito, apesar da grande mídia não ter noticiado no Brasil, o nome do artista, Werá Jeguaka Mirim, ganhou força na imprensa internacional, que depois procurou saber quem era aquele indígena e o que aquela faixa significava.

Desde então, ele estrelou o documentário My Blood Is Red (Needs Must Film, Prime Video / Vimeo On Demand) com Criolo e Sônia Guajajara, lançou um EP em 2017, My Blood Is Red, um disco em 2018, Todo Dia É Dia de Índio (Bico do Corvo) e os singles Demarcação Já – Terra Ar Mar feat Criolo (Matilha Cultural), em 2019 e Xondaro Ka’aguy ReguáMoradia de Deus e Força de Tupã feat Lozk, em 2020. Neste ano, ao lado de Daniela Mercury, representou o Brasil  na comemoração dos 50 anos do Dia Internacional dos Direitos Humanos, em evento promovido pela ONU da América Latina (veja aqui). Owerá também foi vencedor, ao lado de Marcelo D2, Coletivo Imune e João Gordo, do Prêmio Arcanjo de Cultura 2020, na categoria Música – aqui.

Já em 2021, lançou o single Jaguatá Tenondé (Let’s Gig), no qual deixou de lado as rimas do RAP e apresentou um ritmo conhecido como música tradicional da cultura guarani. Na sequência, soltou o cypher Resistência Nativa, em parceria com o Oz Guarani e Brô MC´s.

Nhamandú, segundo feat com o produtor colombiano Lozk, saiu no começo de 2022, depois veio com Resistir pra Existir, música que tem produção assinada por Kelvin Mbarete, integrante dos Brô MC’s. Essa faixa, divulgada em 19 de Abril, foi uma parceria com o projeto Culturas do Antiracismo na América Latina, da Universidade de Manchester (Inglaterra).

Owerá ainda tem os singles Kurumi Kaluana com Tropkillaz e Kaê Guajajara, que está na abertura do programa No Limite da Rede Globo. E participou do programa especial da HBO Max, 2022, em homenagem aos 100 anos da Semana de Arte Moderna, quando fez um pout-pourri com Caetano Veloso nas canções Um ìndio, de Caetano, e Mbaraeté, de Owerá.

Em Agosto de 2022, Owerá lançou o disco Mbaraeté (resistência, em guarani), em parceria com a Natura Musical.

Para saber mais sobre o disco, clique aqui.

O artista também tem parceria com Alok – em breve, vão lançar uma música com título a ser definido, mas enquanto isso, fizeram a cerimônia de abertura do festival mundial Global Citizen 2021, direto da Amazônia – aqui e também na ONU, em Nova York – aqui. Em 2023, foi uma das estrelas a cantar sua obra “Canções de Nhanderu” junto com o BaianaSystem no Pororoca, festival que aconteceu no Central Park, em Nova York.

Owerá também ganhou destaque no site da The White Feather Foundation, fundação de Julian Lennon, que apoia comunidades indígenas pelo mundo – aqui, foi citado pelo blog do Youtube como um dos cinco criadores indígenas de destaque – aqui -, participou da Mostra Museu, com curadoria de Pedro Henrique França, e estrelou o especial Falas da Terra, da Rede Globo – assista aqui -, ao lado de nomes como Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Djuena Tikuna, etc. E estampou a edição especial da Wired – Festival Brasil, que elencou os 50 nomes mais criativos de 2021 – aqui.

Na imprensa internacional, Owerá já estampou importantes veículos, como os ingleses The Guardian, Sounds and Colours, BBC London, Songlines Magazine, o francês Aux Sons, o americano Remezcla, o português Diário de Notícias.

No Brasil, já esteve no Popload, GQ, UOL, Rolling Stone, TMDQA, Papel Pop, Popline, Vogue, Revista Gama, Marie Claire, entre outros. Foi, inclusive, destaque do Prêmio Sim à Igualdade Racial, quando apresentou a canção Floresta Sagrada, com transmissão pela TV Globo. Owerá foi também a voz da campanha All Amazônia, do Banco do Brasil.

 

A grande bandeira do artista é usar a música para lutar pelo respeito aos indígenas e pela demarcação das terras, além de levar mensagens de apoio ao seu povo. E é com a força do movimento do RAP Nativo, liderado por ele, OzGuarani e Brô MC’s, que o artista segue a sua jornada.