Elvis morreu. E a primeira testemunha oficial foi um brasileiro


Cenas de "Elvis on Tour", de 1972 / reprodução

Médico trabalhava em hospital onde corpo do cantor foi enviado para necropsia

O médico brasileiro Raul Lamim vivia nos Estados Unidos em 1977. Fazia residência médica no Baptist Memorial Hospital, em Memphis, Tennessee. Contava 29 anos de idade e esperava assistir a um concerto no Mid-South Coliseum, que encerraria uma mini-turnê de Elvis Presley pelo sul dos EUA. Os shows seriam lá pelos dias 27 ou 28 de agosto daquele ano. A arena tinha capacidade para 10 mil espectadores e o jovem aguardava ansioso a hora de comprar os ingressos.

Raul preparava sua tese de mestrado. Quando saía de sua rotina de estudos na biblioteca do hospital, preparando-se para um descanso em casa, foi chamado para um caso de emergência. Tinha de proceder a uma necropsia importante.

Notou carros de polícia e furgões da imprensa televisiva aportados à frente do prédio. Na hora, viu que se tratava de algo fora do comum. Assim, soube de súbito que o corpo em questão era de ninguém menos que de Elvis Presley, o maior mito do rock’n roll, seu ídolo de infância.

Raul Lamim em frente ao hospital / foto: arquivo pessoal

Mistérios acerca da morte e teorias da conspiração

O patologista-chefe da instituição, Thomas McChesney, já estava no local. O corpo apresentava tom de pele azulado, a boca entreaberta e a língua ligeiramente pra fora. Os sinais eram de asfixia. Ginger Alden, noiva do cantor, encontrara o corpo sem vida horas antes em sua residência, na mesma cidade de Memphis, no banheiro de seu quarto na mansão chamada Graceland, cerca de 22 quilômetros do hospital.

Relatos dão conta de que Elvis não conseguira relaxar, às vésperas do início da série de shows, que terminaria 12 dias depois ali mesmo em sua cidade. Rezam muitas biografias que o artista passou a madrugada em claro, tocando temas da turnê ao piano, comendo muito, especialmente doces. Sempre à base de remédios fortíssimos. O cantor foi ao banheiro perto das 9h da manhã para ler e não voltou.

Às 14 horas, Ginger bateu à porta do banheiro. Elvis não respondia e ela entrou mesmo assim. O músico estava caído de bruços.

Muito se escreveu a respeito de o ídolo nunca ter morrido de fato, mas desaparecido por conta própria e ido morar em outro país, com identidade falsa. Este mito se desfaz com o simples prontuário do médico brasileiro, testemunha ocular da morte “real” do Rei do Rock.

Julio Alvim afirma que a posição em que o cantor caiu impediu sua respiração e provocou a asfixia. Elvis tinha 42 anos.

Fonte: Texto – Ateliê de Redação

Fotos: reprodução/arquivo pessoal/BBC

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