Trupe Lona Preta (São Paulo-SP), Hoje, 04/10, das 18h20 às 20h30 no Sesc da Esquina – Gratuito
Fazer arte em determinadas circunstâncias não é mero lazer ou entretenimento; longe de ser pura arte, é ontologicamente político. Arrancar um sorriso nesse universo é trabalho sério, é entender nuances nada superficiais, nada “pobres”. Paulo Freire nos ensina: “… para chegar do outro lado da rua é preciso sair do lado de cá…”. Partimos de onde o público está, com todos os seus/nossos preconceitos, medos, faltas, precariedades etc.
Os grandes palhaços nos ensinam também “que o espetáculo tem que dar certo, tem que ser um sucesso, e o indício disso é se o público gostou ou não”. Nós concordamos, nosso fazer funciona quando agrada o público, quando arrancamos um sorriso da senhora que disse que não sorria há alguns anos. Não estamos falando aqui de pão e circo. Não se trata de mero entretenimento, disso nosso público se farta cotidianamente. Não se trata de evento, trata-se de trabalho sério, comprometido com a construção da vida, da dignidade e do direito elementar de existir. Trata-se de um trabalho necessário de continuidade, persistente e regular, impossível de se concretizar sem o apoio do público e a luta dos trabalhadores da cultura. Dentro dessa conversa propomos também compartilhar um pouco sobre os eixos de pesquisa do grupo O Circo/Teatro, A Política e A Música.