Poemoda especial ALPHONSUS DE GUIMARAENS, O POETA DA LUA.
ALPHONSUS DE GUIMARAENS foi um dos mais emblemáticos escritores do movimento simbolista no Brasil. Nasceu em 1870, em Ouro Preto, e passou toda a sua vida no interior de Minas Gerais.
Muito jovem, com 17 anos, Alphonsus viu morrer Constança, seu primeiro amor, e passou o resto da vida chorando essa Morta, essa Amada, que acaba se misturando, na sua obra, à imagem da Virgem Maria, da Prometida, da Lua, e da trajetória da sua própria Morte.
Mas quase como em uma vida paralela, Alphonsus escreveu uma outra obra, quase desconhecida, como jornalista. Algumas vezes sob pseudônimo, outras vezes com seu próprio nome, crônicas, poemas satíricos, quadras publicitárias, cartas aos amigos e aos filhos, tudo recheado de um bom humor e uma leveza quase inacreditáveis nesse homem tão marcado pelo sofrimento.
Ao mesmo tempo, em sua torre de poeta solitário, seguia urdindo aquela poesia densa, escura, profundamente mística, e irremediavelmente comprometida com a morte.
No final de 1999, Iso Fischer lançou o CD Câmera Pop, em que Tato Fischer cantava ‘Ismália’, poema de Alphonsus de Guimaraens que Iso musicou. Arrebatada pela canção, Etel Frota propôs ao compositor escreverem um musical a partir da poesia de Alphonsus. Iso topou e musicou dezesseis poemas. Ana Clara Fischer, Ismael Scheffler e Oswaldo Rios se juntaram à troupe e levaram ao palco o espetáculo ALPHONSUS DE GUIMARAENS, O POETA DA LUA, dirigido por Flávio Stein. O musical teve remontagens sucessivas ao longo dos dois anos seguintes e originou um vídeo -à época, um videotape- que permanece inédito. POEMODA, exercitando sua vocação errática de resgatar do fundo do baú alguns registros históricos, traz, esta semana, a quase íntegra do que foi esse recital.
POEMODA, A CANÇÃO EM VERSO E PROSA, um programa de Etel Frota e Alan Romero.
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